segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Mais vale perder um minuto na vida … que a vida num minuto!


Pegando neste mote, gostava de partilhar convosco um episódio da minha vida que me sucedeu esta semana e que me fez pensar em muita coisa.

Ultimamente, tenho andado numa fase de reflexão e sobre o sentido da vida, o que faço aqui e se realmente tenho importância para alguém. È claro, que para algumas destas perguntas eu até sei as respostas, mas estou naquela fase em que gosto de colocar tudo em questão e pensar no que realmente vale a pena nesta vida.

Esta semana estava precisamente pensando nesta questão, será que de facto que a minha vida é importante para alguém? ia a descer umas escadas molhadas e escorregadias… quando escorrego e caio. Quando cai não pensei em mais nada e quando estava literalmente estatelada no chão (sem saber ao certo o quanto me tinha magoado ou não), dei por mim a pensar na minha filha que estava à minha espera no colégio e eu tinha de a ir buscar. Lá fui a muito custo e com alguma dificuldade, mas aquela preocupação de ter alguém a meu cargo, deu-me força e ânimo.
O resto do caminho fui a pensar. “Isto que aconteceu hoje foi para me fazer ver que por mais pensativos ou até um pouco tristes, existe sempre alguém para quem a nossa vida é importante”.

De facto existem alturas da nossa vida que mesmo que não queirámos parar…… temos de parar, não adianta correr ou fazer grandes planos, pois num minuto tudo pode mudar!

1 comentário:

SoFia disse...

A vida num minuto...vou partilhar uma experiência diria, surreal, ou, ok, sem exageros, inesperada:
Segunda-feira, feriado, 8 de Dezembro 2008
Fui visitar, mais uma vez, o meu pai ao Hospital. Era hora de almoço. Ele, almoçava, e naquele dia, muito bem!
O parceiro de quarto, de presença suave e quase imeprceptivel para as visitas do meu pai, não fala a mesma lingua, não tem a mesma cultura nem a mesma alimentação.
Naquele dia nao almoçou a sua dieta liquida especial, ficou sentado na cadeira, sem movimentos bruscos, sem falar ou manifestar-se, apenas a ver Televisao.
Eu escrevia uma mensagem e falava com o meu pai.
De repente, eis que o parceiro de quarto do meu pai começa a dormir diria que profundamente, achamos nós. Até ressonava. Tentamos acorda-lo, para que fosse deitar-se, mas sem efeito. Coloquei uma almofada na sua cabeça para que não a batesse no canto dos pés da cama.
Chamamos a enfermeira.
Quando chegaram, transpirava, e estava ter um infarte diria. Silencioso, calado, sem gestos, sem movimentos, sem ruidos...em menos de 1 minuto, sem vermos ou percebermos...e se lá não estivessemos? Se lá o meu pai não tivesse almoçado? Ous e fosse um minuto mais tarde quando fossemos dar a tradicional volta pelo piso 4º?
são experiências, que nos fazem perceber a fragilidade da vida...a importância dos outros nela e a importância da Não INDIFERENÇA!
Beijinhos Veruska e muita força miga!