terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Das palavrinhas aos palavrões …


Ora aqui está uma grande verdade … das palavrinhas aos palavrões. Quem diria! Este tema que hoje vamos “blogar”, eu e a Sofia, tem tanto de curioso como de interessante. A casa de partida é esta citação - O Amor começa com grandes palavras, continua com palavrinhas e termina com palavrões. E porque estamos quase a comemorar 1 mês de vida do nosso Baby Blog Sophies and CO, tomámos a ousadia de trazer para o nosso palco de debate um tema tão nobre como este, o do Amor … ou melhor, o do respeito pelo Amor.

Amor, Amorzinho, meu grande … C, FDP, AM. Bom … deixo ao vosso critério a escolha das siglas que, regra geral, se usam quando se deixa de ver naquela pessoa tão bestial tornar-se uma grande “besta”. É triste, mas é verdade. As pessoas amam-se perdidamente num dia, são tudo uma para a outra, e de repente, odeiam-se e não se podem ver mais. Tornam-se verdadeiros inimigos de uma batalha em que os soldados são eles próprios e que no final não há vitórias para ninguém. Como é possível? Onde é que fica localizada a fronteira do Amor e do Ódio? Provavelmente algures, entre o “tu és tudo para mim” e o “tu não vales nada”.

O ser humano tem muito que se lhe diga de facto. Somos tão extremistas nestas coisas do coração que nem nós mesmos percebemos como a falta de respeito pelo outro nos pode tornar pessoas tão pequeninas quando há uma crise.

Há alguns meses atrás li um livro do jornalista Rodrigo Guedes de Carvalho, “Mulher em Branco”, onde esta realidade era retratada. Do Amor ao Ódio, do tudo ao nada, este livro mostra que numa rapidez doida de situações e momentos deixamos de ser tudo e passamos a ser nada. Mas se o Amor existe, se acreditamos nele, se o vivemos com a máxima intensidade e dedicação, porque é que quando ele se apaga e não consegue dar origem a outro sentimento também nobre, não se continua a reger pelos mesmos princípios do respeito? Faz todo o sentido que assim seja, mas não é. Infelizmente. Lamentavelmente. Quem o diz? … alguém que já foi bestial e que hoje não é uma “grande besta”, mas sim, uma pessoa como outra qualquer, digna de respeito ;-).

Pois, e finalizando...o amor, melhor... o Amor, que nos define e que nos torna seres humanos, pessoas melhores, MAIORES, grandiosas, abertas ao mundo e verdadeiras no papel de seres sociais. Mas por que motivo o dito amor “carnal” entre amantes, entre companheiros e pares identicos, semelhantes ou que se completam de tão diferentes que são, não poderão ser como o sentimento de amor de familiares, amigos? Nao sei, mas penso nisso às vezes, será talvez porque o corpo e o fisico dita a possessividade de algo que nao existe e não é nosso nem nunca ha-de ser...o outro! O Amor é isto tudo e muito mais...aos olhos de cada um visto de cada forma diferente e unica...sao pontos de vista, mundos diferentes, percepções e desejos diferentes que as palavras não exprimem...Eu ja amei e continuo a Amar, de varias forma e feitios e nunca até hoje consegui sentir um AMOR que me deixasse hoje, olhando para trás, sentir algum ou qualquer ódio mas "apenas" bem querer, carinho, amizades fortes e sinceras...acima de tudo, sem duvida, um profundo bem querer! :-) É isso que desejo a todos!

1 comentário:

Alexandre disse...

Para a maior parte das pessoas amor e ódio confundem-se, tocam-se, é o ciúme doentio, afinal as pessoas gostam mais do outro ou de si próprias? Geralmente é de si próprias e se exigem a presença do «amado (a)» é exclusivamente para elas próprias se sentirem bem...