segunda-feira, 13 de abril de 2009

Estranha forma de viver


Há dias em que me deito com o trabalho e acordo com ele, ainda que alguém, ao meu lado, tem o dom de me saber adormecer.

Há dias em que acordo num amanhecer ainda escuro e regresso a casa já de noite, ainda que alguém me faça companhia ao telemóvel e torne o meu final de dia mais sereno.

Há dias em que adormeço a pensar no que tenho para fazer e resolver no dia seguinte, lá na empresa, ainda que alguém me aconchegue no sofá e me conte uma história ainda mais problemática que a minha.

Há dias em que corro, acelero, faço “um jogo de cintura” para resolver tantos stresses no trabalho, ainda que alguém me ligue, no meio desse turbilhão, e diga: “tenho saudades tuas!”.

Há dias em que tenho a certeza absoluta de que a vida é para se ir vivendo, mas eu, não consigo deixar de a querer viver toda de uma vez, como se amanhã já cá não estivesse.

Estranha forma de viver, eu sei …

1 comentário:

SoFia disse...

Uma boa reflexão este teu texto, é uma estranha forma...isso é verdade! Tens de arranjar forma de acalmares o teu ritmo. O trabalho é fundamental para tudo, para vivermos, sobrevivermos, para sermos quem somos e por isso sermos reconhecidas, mas não nos dá tudo e retira-nos saude, para não falar que a nossa familia e amigos ficam cheios de saudades nossas :-) Um grande beijinho amiga!