terça-feira, 8 de abril de 2008

Muito "TUGA"

Todos os anos há um ritual que se repete na minha e na vida de muitos portugueses ... chama-se férias na neve. É um ritual muito desejado, acreditem. Quem experimenta só tem duas hipóteses: ou ama ou odeia. Não há o "assim assim", o "mais ou menos" ou o "tanto faz".

Todos os anos, também, e sempre que faço estas férias, há aquele momento certo em que perante tanto frio, tempestade de vento e neve e, por vezes, no limite do frio total, penso (e re-penso) porque é que estou ali, algures no pico da montanha e em sofrimento apetecível, quando do outro lado do mundo há destinos paradisíacos e praias de areia branca e água cristalina à minha espera. Só há uma explicação - o gosto e a paixão pela neve.

Este ano, e fugindo um pouco à tradição de fazer este tipo de férias nos meses mais frios (Janeiro e Fevereiro), quase em plena Primavera lá me rendi aos prazeres da neve e da montanha :-) e parti rumo aos Pirinéus. Mais um ano de experiência, de libertação de medos e de conquista de novas emoções e adrenalina.

Ao contrário de anos anteriores, Andorra estava cheia, mesmo cheia, de portugueses. Se por um lado pode parecer simpático ouvirmos a nossa língua-mãe, por outro, acreditem, torna-se cansativo lidar com tanto "TUGA" que se acha o supra sumo de tudo, especialmente da prática do ski.

A etiqueta, boa educação e regras nas pistas em que os portugueses esquiam é mais ou menos uma Segunda Circular em hora de ponta sempre que o Benfica joga em casa, e mais grave, feita em sentido contrário. Um caos! Mas como nem tudo é perfeito, seria certamente uma grande chatisse não termos estes pequenos contratempos para rir e recordar as habilidades que o verdadeiro "TUGA" adora fazer nas pistas, sejam elas de que cor forem... aliás, há muitos que escolhem a pista pelo gosto da cor e não pelo seu conhecimento e segurança em deslizar na mesma.

Fica aqui o meu desabafo. Da próxima vez que elejam um destino de férias que possa ser seleccionado por muitos portugueses escolhidos a dedo, pensem, mas pensem bem, e levem qualquer coisa (não sei bem o quê) que vos permita desligar de tanta atrocidade.

Até breve!

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