sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Espiões … para que vos quero?


Quando era miúda achava excitante o papel dos espiões. Era como que se fosse algo misterioso, intimista, confidencial, sei lá, parvoíces que fazem parte do nosso imaginário nessa idade.

Hoje abomino os espiões. E digo-o com toda a convicção e experiência. Não gosto “deles”. O mais curioso é que, numa determinada altura da minha vida, cruzei-me com um deles, sem me ter apercebido. É daqueles espiões que se mantém no activo e que se irá manter durante toda a sua vida, pelo menos a terrena. Na outra vida, e como os destinos se alteram, quem sabe se o seu papel de espião na terra não lhe dará lugar a um outro papel, menor, nessa vida do além … quem sabe?

Mas faz parte da vida conhecermos tudo, até espiões. Se assim não fosse, hoje não poderia escrever hoje este post. Essa é a grande constatação!

Defino os espiões como pessoas inoportunas, que não têm vida própria e que, por isso, vivem espiando a vida alheia. São pessoas vazias de conteúdo. São pessoas sofredoras de algum recalcamento e daí o gosto por espiar.

Quem espia, fá-lo sem o consentimento, sem regras e sem bom senso. E o facto mais curioso é que, mesmo passando anos e anos, quando julgamos que tudo está calmo e os espiões não estão por perto, fazemos um simples teste para verificar tal facto e eis que veriifcamos que continuam activos, sempre a espiar!

Se eu pudesse eliminar espécies da vida humana, seria apenas a dos espiões. Mas como não posso, só tenho mesmo que continuar a acreditar que jamais se cruzaram no meu caminho e no caminho de quem lido.

Quem diria, logo eu, que quando era criança adorava os espiões ...

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